GEORGE WEAH – de melhor jogador FIFA a presidente da Libéria
George Weah como futebolista passou no auge de sua carreira atuando pelo AC Milan, entre 1995 e 2000. Em 1995, foi eleito o Melhor jogador do mundo pela FIFA, e recebeu a Bola de Ouro sendo o único africano a receber ambos os prêmios. Em 2004, foi lembrado por Pelé na lista dos 125 maiores jogadores de futebol, como parte da comemoração de centenário da FIFA.
Por meio da Fundação que leva o seu nome, ajudou as vítimas da Primeira e Segunda Guerra Civil da Libéria. Como político, em 2005, concorreu à presidência de seu país, sendo derrotado pela candidata Ellen Johnson-Sirleaf. Concorreu novamente nas eleições de 2017, sendo eleito presidente da Libéria após derrotar o então vice-presidente Joseph Boakai. Estamos a falar de GEORGE TAWLON MANNEH OPPONG OUSMAN WEAH ou simplesmente GEORGE WEAH que é o personagem deste artigo e do video abaixo.
GEORGE WEAH – O JOGADOR DE FUTEBOL
George Weah nasceu em Monróvia (Capital da Libéria) a 1 de outubro de 1966. onde começou a jogar num clube local e depois de passar por outros clubes africanos, chegaria a Europa pela porta do AS Monaco, de França onde conquistou uma Coupe de France, na temporada 1990/1991.
Em 1992, transferiu-se para o Paris Saint-Germain, onde conquistou o título da Ligue 1 e mais duas Coupe de France, até que, em 1995, foi para o AC Milan que tinha acabado de perder o seu atacante Marco Van Basten (que tinha terminado a carreira no futebol anos antes).
No entanto, quando George Weah chegou aos rossoneris, em 1995, a saudade que os fãs tinham por Van Basten foi diminuindo. E não era para menos.
George Weah em Itália
Na Itália, viveu a sua melhor fase: no mesmo ano foi eleito Melhor Jogador da África no ano, ganhou a Ballon d’Or da Europa e foi eleito, pela FIFA, o Melhor Jogador do Mundo, na edição de 1995 do prêmio. Weah foi o grande maestro do Milan na conquista do scudetto da temporada 1995/96. Seus golos inesquecíveis tinham sempre uma marca: o domínio de bola perfeito, a arrancada em velocidade e o remate fatal. Ainda conquistou a Série A em 1998/99.
Fim de Carreira
Antes de terminar a sua carreira no futebol em 2002, Weah passou pelo Chelsea e, depois, Manchester City, Olympique Marseille e Al-Jazira, dos Emirados Árabes Unidos, na Seleção nacional disputou a Copa das Nações Africanas e apesar de ter conquistado um prêmio de Melhor jogador do mundo pela FIFA, Weah encerrou sua carreira sem nunca ter disputado um Mundial da FIFA.
PRESIDENTE DA LIBERIA
Em 2005, depois da guerra civil, no seu País natal, a Libéria, George Weah candidata-se à eleição presidencial, pelo CDC (Congresso para a Mudança Democrática). Sem experiência política nem formação académica, George Weah é criticado severamente. Mas responde aos seus adversários que “não foram homens sem experiência que conduziram o seu País à guerra civil”, que causou milhares de mortos.
Nesse ano, Ellen Johnson Sirleaf vence a eleição, e torna-se a primeira Presidente do Continente africano. Mas George Weah não desiste, e em 2011, apresenta-se novament à eleição presidencial. Mas Ellen Johnson Sirleaf acaba por ser reeleita.
Eleições presidenciais de 2014
O antigo futebolista habituado a situações difíceis, vitórias e derrotas, esforço e combatividade. A 28 de Dezembro de 2014, George Weah é eleito Senador de Monróvia, com 78% dos votos, batendo Robert Sirleaf, o filho da Presidente. Desde aí, adquiriu uma sólida experiência e reputação. A 10 de Outrubro de 2017, candidata-se novamente à eleição presidencial, investe uma parte da sua fortuna em obras de caridade, nos sectores da Saúde e da Educação, e ajuda as populações desfavorecidas. actos mais que suficientes para lhe garantir a vitoria.
Polémicas na gestão Weah
A governação do George Weah é bem dividida na Libéria, tendo um grupo de apoiadores reforçando que ele é o homem certo para dirigir os destinos daquela nação, tendo os mais críticos fechado cada vez mais o cerco ao governo do WEAH e o acusando de estar a conduzir a nação de forma muito rígida.Uma série de mortes misteriosas de funcionários ligados à presidência liberiana de George Weah gerou confusão e medo no país. Há uma atmosfera crescente de medo na Libéria, com inquietação sobre o governo severo de George Weah e as consequências de se manifestar contra ele.
No quarto ano, à frente dos destinos do país, as pessoas não falam mais da áurea vencedora de Weah, de ‘mudança a favor dos pobres’, mas da crescente atmosfera de medo. Alguns até se referem aos dias sombrios do regime do presidente Samuel Kanyon Doe, pouco antes da Libéria entrar em guerra civil no final dos anos 1980.
Esta é a historia do nosso personagem deste artigo que trás um perfil incomum ao tipo de políticos que encontramos pouco por todo o mundo. Mesmo tendo perdido a ultima corrida eleitoral para o então presidente Joseph Boakai, incontestavelmente o Weah é um africano que fez historia e será lembrado.