Sahel uma faixa que atravessa países como Gâmbia, Senegal, Mauritânia, Mali, Burquina Fasso, Argélia, Níger, Nigéria, Camarões, Chade, o Sudão, o Sudão do Sul e a Eritreia. Eventualmente, são incluídos também a Etiópia, o Djibuti e a Somália. Conscidencia ou não quase todos os países desta região tem ou tiveram recentemente diferentes formas de conflitos politico-militares que fazem com que esta seja atualmente a região mais perigosa e instavel do continente aficano.
O Sahel (do árabe sahil, que significa “costa” ou “fronteira”) é uma faixa de 500 a 700 km de largura, em média, e 5 400 km de extensão, entre o deserto do Saara, ao norte, e a savana do Sudão, ao sul; e entre o oceano Atlântico, a oeste, e ao mar Vermelho, a leste.
Constitui uma zona de transição entre a ecozona paleoártica e a ecozona afro-tropical, ou seja, entre a aridez do Saara e a fértil da savana sudanesa.
Seria tão interessante se a preocupação na região fosse apenas pelas questões ambientais, mas existe uma preocupação muito séria com a questão da segurança em toda região.
Existe um conjunto de conflitos contra a insurreição jhiadista que é conhecido como a Guerra do Sahel, também chamada de conflito armado no Sahel que se verifica particularmente no Mali, Níger, Mauritânia, Burquina Fasso e Chade, que obrigou a criação do G5 Sahel (Coligação militar composta por estes países para combater estes grupos) atacam civis e a bases militares, grupos estes formados por organizações jihadistas salafistas ligados principalmente à al-Qaeda.
Alguns Analistas acreditam que este conflito é uma consequência indireta da Guerra Civil Argelina que, fugindo das ofensivas os rebeldes islamistas argelinos decidiram se estabelecer no deserto a partir do início dos anos 2000.
Progressivamente, passariam a realizar ações de guerrilha, terrorismo e tomada de reféns na região; sobretudo, passariam de modo gradual a criar laços com as populações locais e disseminar o islamismo radical que acabaram por criar vários grupos diferentes nesses 5 paises acima referenciados. Todos esses grupos são ou foram financiados por filiais do Al-Qaeda e ou do Estado Islamico.
O aumento da instabilidade se evidência quando se verificam ataques do Boko Haram na Nigéria e nos Camarões. Boko Haram começou a se expandir para o Chade e o Níger em 2014, depois das conquistas anteriores. Mas se verificarmos os outros paises da faixa do sahel, veremos a impressionante quantidade de conflitos:
Se olharmos para o Sudão existe por lá o conflito de Darfur que opõe os janjawid’s – milicianos recrutados entre os bagaras, tribos nômades africanas de língua árabe e religião muçulmana – e os povos não árabes da área.
Desde a independência em 2011 o Sudão do Sul não conhece a paz tendo por lá a maior guerra civil em atividade em África e ainda existe uma disputa fronteirissa com o Sudão.
A Guerra entre a Eritreia e a Etiopia terminou recentemente tendo dado um premio nobel da Paz ao Premiere Etiope Aby Ahmed. Mas, dentro do territorio etiope existe o conflito na região do Tigray.
A SOMÁLIA é praticamente um país falho e o Djibout vive uma relativa paz, mas praticamente toda grande potência militar tem uma base por la, oque faz com que haja um medo enorme de que o país seja devastado em um eventual conflito entre as potências.
França tem sua maior base militar do continente, enquanto Japão e Itália também têm soldados no país.
A China tem por lá a única Base militar no estrangeiro no momento de gravação deste vídeo. Djibuti acolhe ainda a única base militar permanente dos EUA em África, com cerca de 4000 soldados que apoiam as operações de luta contra o terrorismo no continente.
Esta instabilidade se confirma com 5 tentativas e golpes de Estado que aconteceram na região em pouco menos de 1 ano como vos mostro a seguir: no NIGER, após eleições os militares tentaram derrubar o governo em 31 de março de 2021, mas fracassaram.
No CHADE, o Ditador morre em combate a 21 de Abril de 2021 e os militares colocam o filho do falecido no poder.
No MALI, em 24 de maio de 2021 os militares derrubaram o segundo governo em dois anos.
No dia 25 de Outubro do mesmo ano foi quando os militares derrubaram o Premiere do SUDÃO Abdala Handok. E para totalizar, a 23 de Janeiro de 2022, militares do BURKINA FASO prenderam o presidente e fecharam o parlamento do país.
Com estes podemos acrescentar os eventos do Guiné, quando a 05 de Setembro os militares prenderam o presidente e suspenderam a constituição. Ação está que podemos também acrescentar os acontecimentos de 1 de fevereiro de 2022 quando homens armados atacaram prédio do governo mas fracassaram. Com estes factos o número de golpes e tentativas passam para 7 só na região e em países próximos desta faixa do sahel.
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